SPA lamenta destruição pelo fogo do Museu Nacional do Rio de Janeiro

A SPA manifesta a sua tristeza pelo incêndio que destruiu o Museu Nacional do Rio de Janeiro, eliminando muitos milhares de peças e documentos que ilustram o que foi a vida do país durante mais de dois séculos, incluindo o período histórico e político que conduziu à independência.

Num período muito conturbado da vida do Brasil e depois de ter perdido, em São Paulo, o Museu da Língua, o Brasil perde uma referência museológica única que muito o vai empobrecer ao nível das referências históricas, documentais e da memória colectiva. O edifício, que acolhia regularmente actividades culturais, com destaque para exposições, colóquios e congressos, corre agora risco de desabamento. O incêndio deflagrou ao fim da tarde de domingo.

O incêndio que não causou vítimas destruiu por completo o arquivo histórico do museu com documentos que ilustram mais de 200 anos de história do Brasil.

No auditório do edifício do museu decorreu em Outubro de 2016 parte da actividade que envolveu a aprovação do Manifesto Sobre a Lusofonia, proposto pela SPA e aprovado também por sete sociedades de autores brasileiras. Naquele edifício residiu a família real durante o império. O museu foi criado por D. João VI e completa 200 anos de vida este ainda este ano.

O museu era gerido pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Em Junho foi assinado um contrato de revitalização do museu, que não contribuiu para evitar a tragédia. Recorde-se que em Dezembro de 2015 ardeu o Museu da Língua, em São Paulo, outro prejuízo incalculável para a vida cultural brasileira e para a lusofonia.

Lisboa, 3 de Setembro de 2018

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