A SPA felicita a RTP pela passagem hoje, dia 7 de Março, do 60º aniversário do nascimento da televisão em Portugal e recorda o papel fundamental dos autores em geral e de alguns em particular para a implantação e o êxito da estação pública de televisão. Em coerência com o que sempre tem defendido, a SPA formula votos no sentido de que a RTP continue a ser um serviço público de televisão que esteja atento aos aspectos mais dinâmicos e transformadores da sociedade contemporânea, não devendo ficar refém das audiências que, sendo relevantes, não revelam e impõem o que é essencial.
Nesta data, a SPA não pode deixar de destacar o contributo fundamental de autores como João Villaret, membro dos seus corpos sociais, Vitorino Nemésio, David Mourão-Ferreira, presidente da mesa da Assembleia Geral, Natália Correia, Raul Solnado, António Victorino d’Almeida, membro da actual Direcção, Natália Correia, António Lopes Ribeiro, Nicolau Breyner e António Manuel Baptista, entre outros, para a implantação e êxito da RTP. Alguns destes autores irão ser evocados e homenageados na gala televisiva que decorrerá no próximo dia 15 no CCB, numa iniciativa conjunta da SPA e da estação pública de televisão.
A SPA tem mantido com a RTP uma produtiva relação de cooperação que se traduziu na realização de várias galas televisivas anuais no CCB e no Teatro D. Maria II e também de séries de programas semanais que valorizaram a condição autoral e outros aspectos da vida cultural portuguesa.
Quando, no anterior governo, surgiu a hipótese de a RTP vir a ser privatizada, a SPA tomou uma firme posição pública de defesa do serviço público de televisão, perspectiva que prevaleceu e está presente no actual funcionamento da estação.
Nesta data, a SPA saúda toda a equipa que assegura diariamente o regular funcionamento da estação em três canais e reafirma a sua disponibilidade para continuar sempre a dialogar com a RTP, com a plena convicção do que vale e representa e estando convicta de que quanto mais os autores estiverem presentes no funcionamento da estação pública mais ganham a vida cultural e artística do país. Considera ainda a SPA que os autores devem ter uma presença regular nas programações televisivas, por ser essa a melhor forma de darem a conhecer as suas obras e a sua visão de Portugal e do mundo.
Lisboa, 7 de Março de 2017