A SPA congratula-se com a realização hoje e amanhã na ilha do Sal, Cabo Verde, da cimeira de chefes de Estado e de governo da CPLP e formula votos no sentido de que as decisões tomadas possam contribuir para fortalecer esta comunidade. A cooperativa dos autores portugueses faz este voto na condição que assume de dinamizadora de um ambicioso projecto de cooperação entre as sociedades de autores de todo o espaço lusófono, de Portugal a Timor Leste, passando pelo Brasil, por Angola e Cabo Verde, entre outros países. Os resultados já alcançados dão à SPA a convicção de que este é o caminho justo e oportuno para o futuro da cooperação lusófona neste domínio, com a criação de uma Confederação Lusófona de Sociedades de Autores no horizonte.
Sabe-se que o governo de Cabo Verde tem como proposta a ideia de livre circulação plena que evite aos estudantes o tempo de espera por vistos de longa duração num “país-irmão”. A questão desta desejada mobilidade terá um lugar central no debate em curso. É um assunto importante e ao mesmo tempo complexo, mas também de grande importância para a mobilidade de autores e artistas lusófonos.
Será também importante que se defina o leque dos países observadores e se analisem medidas concretas de apoio à defesa da língua portuguesa no mundo.
Depois do Brasil, Cabo Verde, com várias propostas concretas de trabalho e cooperação sobre a mesa, assumirá a liderança da CPLP que, em duas décadas de existência, tem ficado aquém das expectativas dos vários países.
Sabe-se que o embaixador Francisco Ribeiro Telles, actual representante diplomático de Portugal em Roma e antes embaixador em Cabo Verde, Angola e Brasil, deverá ser eleito para o cargo de secretário-executivo da CPLP.
A SPA reafirma os seus votos no sentido de que a CPLP contribua para o fortalecimento da lusofonia e para o apoio a projectos com importância estratégica.
Lisboa, 17 de Julho de 2018