Apesar da adversidade do tempo presente, a SPA conseguiu manter operacionais os seus serviços fundamentais e tirar todo o partido do pessoal colocado em regime de teletrabalho. Assim, foi possível dinamizar um ambicioso plano de solidariedade que levou em conta as muitas necessidades e justas expectativas de um grande número de autores.
A SPA procedeu, como sempre, ao levantamento rigoroso dos valores cobrados ainda em 2019 e anteriores, tendo a noção de que o nível de distribuição assegurado para Junho deste ano, e que é elevado, não poderá em circunstância alguma ser igualado nos processos de distribuição de 2021 devido à quebra dramática em 2020 da cobrança de direitos em todos os sectores fundamentais. Os autores portugueses e a vida nacional irão viver tempos difíceis de grande contenção e de preocupante redução dos direitos cobrados, como de resto acontece com as sociedades de autores de todo o mundo.
Nesta distribuição de Junho, a SPA irá distribuir valores relativos à radiodifusão visual, ao digital multiterritorial, à cópia privada (audiovisual e reprográfica) e ainda, devido ao contexto de crise mas cumprindo as normas e os regulamentos a que se encontra sujeita, valores referentes a direitos não identificados e cobrados anteriores a 2017.
Não pode a SPA deixar de enaltecer o esforço dos seus trabalhadores e o grau de empenho demonstrado em relação ao muito complexo e difícil processo de distribuição agora concluído. Tempos novos começam agora, marcados pelos enormes danos causados pela pandemia e pela grande incerteza que envolve o regresso à normalidade possível.
Lisboa, 19 de Junho de 2020