A SPA considera que a morte de Carlos do Carmo foi uma das grandes perdas nacionais neste longo período de confinamento. Cooperador da instituição desde 1997, foi distinguido em Maio de 2001 com o Prémio de Consagração de Carreira e recebeu em 2015 a Medalha de Honra da SPA pela qualidade da sua carreira e também pelo apoio sempre dado à divulgação da obra dos poetas contemporâneos que escolheu.
Não sendo autor, ou sendo-o transitoriamente em projectos como o programa que fez para a RTP Internacional, Carlos do Carmo fica sempre associado ao património criativo da cooperativa dos autores portugueses.
Por esse motivo, decidiu a SPA criar um prémio com o seu nome a atribuir anualmente ao melhor disco de fado. Esse prémio, ainda sem valor determinado, será entregue autonomamente ou durante a Gala dos Autores Portugueses por decisão de um júri constituído por nomes destacados dos corpos sociais da cooperativa, que integram personalidades como Rui Vieira Nery, António Victorino d’Almeida, Paulo de Carvalho, Pedro Abrunhosa, Vitorino Salomé, Tozé Brito, António Manuel Ribeiro e Miguel Ângelo, entre outros.
O prémio será uma homenagem sentida a um dos maiores intérpretes musicais portugueses de sempre. Recorde-se que Carlos do Carmo muito contribuiu para o êxito da criação do Museu do Fado e da candidatura do fado a património mundial da UNESCO.
Lisboa, 11 de Janeiro de 2021