O prémio do Instituto do Mundo Lusófono, sediado em Paris, foi atribuído no passado dia 27, no Café de la Paix, na capital francesa, para o domínio da lusofonia e da defesa do direito de autor a José Jorge Letria, autor de uma vasta obra, presidente da Direcção e do Conselho de Administração da SPA, reeleito em Novembro passado para mais um mandato de quatro anos, e ainda vice-presidente do Grupo Europeu de Sociedades de Autores, sediado em Bruxelas.
Entre os premiados desta edição dos Prémios do Mundo lusófono encontravam-se os jornalistas e escritores Judite de Sousa e José Rodrigues dos Santos, o maestro Álvaro Cassuto, o escultor Francisco Simões, o escritor Mia Couto e o arquitecto Álvaro Siza Vieira, para além do fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado e de sua mulher, do actor brasileiro Lima Duarte e da estilista Fátima Lopes. Vários prémios foram atribuídos a criadores, instituições e cientistas brasileiros e também a personalidades e instituições de Angola, Moçambique e Cabo Verde.
José Jorge Letria foi apresentado por Jean-Noel Tronc, CEO da sociedade de autores francesa SACEM, a mais antiga do mundo, que destacou o seu trabalho de décadas como escritor, músico e dramaturgo com obra traduzida em mais de uma dezena de idiomas. Falou igualmente do esforço intelectual e institucional que ele representa no que toca à promoção da lusofonia como espaço de encontro e de trabalho comum. Realçou igualmente o seu empenho na defesa dos valores da cidadania e da liberdade e o combate pela defesa dos direitos de autor num mundo global em incessante transformação. Apontou-o ainda como uma figura de referência da luta de dezenas de países pela defesa da criação intelectual e dos direitos dos criadores, designadamente no mundo digital. Referiu por último o trabalho por ele realizado durante quatro anos como presidente do Comité Europeu de Sociedades de Autores da CISAC.
Isabel Oliveira, presidente do Instituto do Mundo Lusófono e professora da Sorbonne apresentou os grandes objectivos estratégicos da instituição e entregou medalhas de honra da instituição a destacadas figuras portuguesas, caso de Maria de Belém Roseira, brasileiras e de outros países lusófonos.
Lisboa, 6 de Março de 2019