A SPA manifesta o seu pesar pela morte do realizador de rádio e televisão e também escritor Luís Filipe Costa, de 84 anos, que foi secretário da Direcção da cooperativa logo após as eleições de Setembro de 2003. Era cooperador desde Março de 1978 e associado da cooperativa desde Dezembro de 1958.
Luís Filipe Costa, nasceu em Lisboa em 18 de Março de 1936 e trocou o curso de Economia pela actividade como profissional da rádio, tendo revolucionado com os noticiários do Rádio Clube Português nos anos sessenta o modo de fazer informação radiofónica em Portugal. Esteve a seu cargo e também de Joaquim Furtado a leitura dos comunicados do MFA na madrugada de 25 de Abril de 1974.
Depois do 25 de Abril transferiu-se para a RTP, onde realizou filmes de ficção, documentários e peças de teatro. Alguns dos seus trabalhos foram premiados em Portugal e no estrangeiro. O filme “Norte d’ Homem” recebeu o Grande Prémio do Festival de Cinema para Televisão de Chianchino (Itália).
A série documental “Há Só uma Terra”, que introduziu o tema da ecologia na programação televisiva portuguesa recebeu o Prémio da Crítica do “Diário de Lisboa”.
Luís Filipe Costa, que sempre contou com o apoio solidário da sua cooperativa, publicou os romances “A Borboleta na Gaiola” e “Agora e na Hora da Sua Morte”.
Luís Filipe Costa , comendador da Ordem da Liberdade em 2011, recebeu no mesmo ano o Prémio de Consagração de Carreira da SPA e o Prémio Igrejas Caeiro em 2013, sendo o primeiro distinguido com esta forma de reconhecimento da SPA. Integrou regularmente o júri do Grande Prémio de Teatro da SPA/Novo Grupo e gravou a voz para o documentário “Relâmpago no Céu Azul”, sobre a vida e a morte do general Humberto Delgado, realizado por José Jorge Letria em 2017.
A SPA endereça à família de Luís Filipe Costa e em particular à sua viúva Isabel Medina, escritora, encenadora e também cooperadora da SPA, o seu mais sentido e solidário pesar, nunca esquecendo a importância da sua obra e da sua vida.
Lisboa, 21 de Julho de 2020