Com delegações que cobrem o território nacional do Minho às Regiões Autónomas, a SPA manifesta o pesar dos autores portugueses pelos 36 mortos e pelas dezenas de feridos provocados pela última vaga de incêndios.
Já na tragédia de Pedrógão Grande esse pesar fora testemunhado, sendo acompanhado por acções práticas de solidariedade assumidas pelas delegações situadas na zona da catástrofe. Foi uma ajuda parca mas muito sentida de quem faz da cultura um instrumento de crescimento e de progresso no Portugal de hoje.
Desta vez, a SPA lamenta profundamente que a tragédia se tenha repetido e que as estruturas activas no terreno não tenham sido capazes de encontrar as respostas adequadas para se evitar a catástrofe. Também por isso a cooperativa dos autores portugueses saúda as corporações de bombeiros e as autarquias pelo exemplar trabalho realizado e reafirma a sua disponibilidade para apoiar com algumas medidas solidárias as regiões afectadas, em situações de actividade cultural.
Sabe a SPA que muitos factores contribuem para a gravidade desta situação, desde a desertificação do interior do país até à relação tantas vezes insensata das populações com a floresta fazendo frequentes queimadas e fogueiras em condições de acentuada perigosidade.
A SPA sabe que há autores portugueses que podem, em condições justas, apoiar acções de sensibilização junto de escolas e das muitas estruturas associativas para que surja uma nova mentalidade mais prudente e equilibrada que evite que tenhamos o maior número de ignições em toda a Europa, com os dramáticos resultados conhecidos e preocupantes. A SPA está profundamente solidária com as populações de norte a sul de Portugal.
Lisboa, 17 de Outubro de 2017