A SPA manifesta o seu pesar pela morte do poeta, ensaísta, encenador e antologiador Gastão Cruz, associado da cooperativa desde março de 1991 e autor de uma obra extensa e referencial.
Nascido em Faro em Julho de 1941, Gastão Cruz, licenciado em Filologia Germânica pela Faculdade de Letras de Lisboa, foi professor do ensino secundário e do King’s College, da Universidade de Londres.
Foi, com Fiama Hasse Pais Brandão, mãe dos seus dois filhos, com Maria Teresa Horta, Casimiro de Brito e Luiza Neto Jorge, uma figura central da “Poesia 61” e da produção poética das décadas seguintes.
O seu livro “Poesia Portuguesa Hoje”, de 1973, dá uma ideia da importância do seu trabalho como ensaísta.
Foi um dos fundadores do Grupo de Teatro Hoje (1976-1977), para o qual encenou várias peças, designadamente de Camus, Tchekov, e Strindberg. Foi também, com Luís Miguel Cintra e Jorge Silva Melo, entre outros, um dos fundadores de Grupo de Teatro de Letras em 1965.
Recebeu o Grande Prémio de Poesia CTT-Correios de Portugal e o prémio “Correntes d’Escrita” com “A Moeda do Tempo”. O seu último livro foi “Existência”, de 2018, Grande Prémio de Poesia da APE. Morreu no Hospital Egas Moniz, em Lisboa, onde se encontrava internado.
À família de Gastão Cruz, poeta, ensaísta e encenador, a SPA endereça as suas condolências solidárias, recordando uma obra que deixa marca profunda na poesia portuguesa contemporânea.
Lisboa, 22 de Março de 2022