Pesar da SPA pela morte de Fernanda Lapa, Actriz e Encenadora que dirigia a “Escola de Mulheres”

A SPA manifesta o seu pesar pela morte aos 77 anos, no Hospital de Cascais, da encenadora e actriz Fernanda Lapa, beneficiária da cooperativa desde 1977 e sua cooperadora desde 1992. Fernanda Lapa foi co-organizadora com a SPA da exposição sobre Bernardo Santareno, que já não viu ser inaugurada na Assembleia da República e na SPA devido à gravidade da pandemia.

Fernanda Lapa dirigia desde 1995 a Escola de Mulheres.

Fernanda Lapa, várias vezes premiada pelo seu trabalho como encenadora, estava a ensaiar o texto teatral “O Punho”, de Bernardo Santareno, de quem foi grande amiga e cujas comemorações do centenário do nascimento muito dinamizou.

Autora da mensagem do Dia Mundial do Teatro este ano, a convite da SPA, Fernanda Lapa, distinguida com a medalha de Mérito Cultural do Ministério da Cultura, em 2005, também trabalhou na televisão e em vários filmes, tendo iniciado a sua actividade na Casa da Comédia, de que foi co-fundadora com Fernando Amado, depois de ter integrado o Teatro dos Alunos Universitários de Lisboa. O seu primeiro espectáculo na casa da Comédia foi “Deseja-se Mulher”, de Almada Negreiros.

Estreou-se como encenadora em 1972. Em 1979, uma bolsa permitiu-lhe frequentar a Escola Superior de Encenação de Varsóvia. Em entrevista dada em maio ao Expresso, a encenadora afirmava que “um país que não trata bem os artistas está moribundo”.

Fernanda Lapa foi, em 1969, uma das intérpretes da peça “Breve Cenário da História de Deus, de Gil Vicente, com encenação de Carlos Avilez, no Teatro Experimental do Cascais. Entre as suas encenações conta-se a peça “A Noite de Tríbades”.

Fernanda Lapa defendia a criação de um plano teatral com futuro. A ministra da Cultura lamentou a sua morte, classificando-a como “figura ímpar do teatro português dos últimos 50 anos” que deu “oportunidade, palco e voz às mulheres na representação”.

A SPA endereça a São José Lapa, actriz, encenadora e sua irmã, bem como à restante família, o testemunho solidário do seu pesar, recordando uma grande figura do teatro e da vida cultural portuguesa que assim continuará a ser recordada.

Lisboa, 06 de Agosto de 2020

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