A SPA manifesta o seu pesar pela morte, aos 83 anos, do cooperador Artur Portela Filho, beneficiário desde 1971 e cooperador desde 1984. Jornalista e escritor, deixou uma vasta obra publicada e foi redactor e director de jornais como o “Diário de Lisboa”, nos anos sessenta, e do “Jornal Novo” a partir de 1975.
Artur Portela era filho do jornalista e escritor Artur Portela, que foi, em 22 de Maio de 1925, um dos fundadores da SPA e foi também um dos autores mais activos do seu tempo.
Licenciado em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, publicou livros como “A Gravata Berrante”, “Os Peixes Voadores”, “O Código de de Hamurabi, “As Noivas de São Bento”, “Marçalazar”, “Fotomontagem” e “Rama, Verdadeiramente”.
Teve colaboração regular na “Capital”, “Portugal Hoje”, “Jornal do Fundão”, no “I” e na TSF, onde, em colaboração com José Jorge Letria, escreveu a série diária “Pastéis de Belém”.
Tendo sido um dos mais produtivos e combativos cronistas portugueses, publicou sete volumes das série “A Funda”, “Feiras das Vaidades” e “O Novo conde de Abranhos”.
Publicou o romance “A Guerra da Meseta” e ainda alguns trabalhos de investigação histórica e literária, designadamente sobre Eça de Queirós e o século XIX.
Foi eleito pela Assembleia da República para dois órgãos de regulação do média e para a presidência do Conselho da Comunicação Social e para Alta Autoridade para a Comunicação Social.
Em 2006 integrou uma lista candidata aos corpos sociais da SPA que se propunha ser alternativa à eleita em Setembro de 2003. Essa lista não foi eleita.
A Direcção e o Conselho de Administração da SPA testemunham à família de Artur Portela o seu pesar solidário nesta hora de perda.
Lisboa, 12 de Novembro de 2020