A SPA manifesta a sua consternação pelo facto de os fogos que atingem profundamente mais de 25 concelhos de Portugal já terem causado um número lamentável de mortos, feridos e desalojados e terem destruído residências e equipamentos profissionais dos quais dependiam e dependem muitas vidas e muitos postos de trabalho, nos distritos de Aveiro, Porto e Coimbra.
Com delegações espalhadas por todo o país, a SPA reconhece a dor e o sofrimento de muitos portugueses que, uma vez mais, vêem os seus direitos e os seus bens ameaçados por chamas que ninguém controla, apesar da coragem dos bombeiros e da estrutura profissional da protecção civil. A SPA, como já aconteceu em 2017, quis disponibilizar meios que pudessem contribuir para atenuar a dor causada pela acumulação de perdas. Só não concretizou essa acção de solidariedade por não haver nada que neste momento possa ir ao encontro das necessidades de quem combate os fogos. Congratula-se a SPA por saber que o poder político tem a intenção de localizar e punir de forma exemplar os incendiários que, por iniciativa própria ou ao serviço de interesses materiais obscuros, criaram e expandiram o flagelo que obrigou a mobilizar mais de cinco mil bombeiros e outros operacionais, sempre em estreita articulação com as autarquias portuguesas.
Sempre disponível para ser solidária nas horas de calamidade e de perda, a SPA testemunha solidariamente o seu pesar às famílias das vítimas mortais e tudo fará, em nome dos autores e da cultura em Portugal, para evitar que esta calamidade, além de destruir bens e vidas humanas, afecte o progresso e a estabilidade das nossas comunidades, às quais se pede sempre mais prevenção e prudência.
Pensando nos prejuízos materiais e psicológicos causados pela tragédia, a SPA espera que a coragem e a determinação dos bombeiros e dos elementos da protecção civil sejam devidamente valorizados e recordados por aqueles que irão lembrar a violência destruidora dos fogos que destruíram milhares de hectares e fazem terminar com uma longa e dolorosa mancha negra a memória do Verão que vai acabar.
Lisboa, 18 de Setembro de 2024
Está a decorrer até 01 de Outubro a fase de candidaturas para apoio a vários projectos do sector musical.
Mais informações: https://www.ibermusicas.org/index.php/convocatorias-pt
Lisboa, 18 de Setembro de 2024
A SPA manifesta o seu pesar pela morte da cantora-autora Ana Faria, cooperadora da instituição desde 20 de Novembro de 1996 e sua beneficiária desde 1982.
Nascida em Nova Lisboa, Angola, em Outubro de 1949, Ana Faria atuou pela primeira vez no programa “Zip-Zip” da RTP, tendo depois gravado alguns discos e em 1982 um álbum a solo depois de ter estado integrada no grupo de música tradicional “Terra a Terra”. Depois, com o título “Brincando aos Clássicos”, fez adaptações de obras sinfónicas de Mozart, Chopin, Beethoven e Verdi para crianças. As letras eram todas da sua autoria. A produção esteve a cargo do marido da autora, Heduíno Gomes. Contou com a colaboração de músicos como José da Ponte, António Chaínho e Pedro Teixeira, entre outros.
Os três filhos de Ana Faria, João, Nuno e Pedro, criaram depois o grupo “Queijinhos Frescos”. A autora também publicou livros para crianças, de que criou as ilustrações.
A SPA endereça à família da autora o testemunho do seu pesar solidário.
Lisboa, 20 de Agosto de 2024
A Sociedade Portuguesa de Autores informa que os serviços estarão encerrados no dia 15 e 16 de Agosto de 2024 (Quinta e Sexta-feira).
Reabrindo no dia 19 de Fevereiro (Segunda-feira), das 08h30 às 12h30 e das 13h30 às 17h00.
Pedimos desculpa por algum transtorno que esta situação possa vir a causar.
Lisboa, 13 de Agosto de 2023
A SPA manifesta o seu pesar pela morte aos 82 anos de João Paulo Guerra, um dos mais destacados e prestigiados jornalistas da rádio e da comunicação escrita em Portugal, associado à cooperativa dos autores desde Outubro de 1968.
Distinguido pelo seu excepcional trabalho na rádio com o Prémio Igrejas Caeiro da SPA, em 2014, João Paulo Guerra foi colaborador do “Diário de Lisboa”, no suplemento “A Mosca”, em que criou a expressão “nacional-cançonetismo” para se referir aos criadores musicais que não estavam ligados politicamente à luta pelo fim da ditadura. Foi também redactor de “o diário” e colaborador permanente do programa “Tempo Zip”, na rádio Renascença, onde foi um dos maiores divulgadores dos autores e intérpretes da canção política em Portugal, participando em muitas dessas sessões para apresentar os cantores de referência e as suas obras.
Foi autor de vários livros criados a partir da sua vasta experiência jornalística, sendo conhecido pelo seu humor certeiro e pela forma sempre criativa e inovadora como via o acto de resistir à ditadura. Também foi um nome de referência do Rádio Clube Português, sob chefia de Luís Filipe Costa, onde ajudou a criar uma forma mais dinâmica e mobilizadora de informar na rádio. O estado de doença que o vitimou afastou-o durante bastante tempo da actividade de comunicação com o público que agora o recorda e homenageia. A SPA endereça à sua família, e designadamente à sua irmã, a actriz e encenadora Maria do Céu Guerra e à sobrinha, a actriz e encenadora Rita Lello, o testemunho do seu pesar solidário.
Lisboa, 5 de Agosto de 2024
A SPA manifesta o seu pesar pelo falecimento aos 69 anos da fadista-autora Mísia, num hospital do Porto, cidade onde nasceu. Mísia era associada da SPA desde 2001.
Filha de um português e de uma catalã, gravou o seu disco de estreia com o título “Mísia”, em 1991, com fados escritos por Frederico de Brito, José Niza, José Carlos Ary dos Santos e Carlos Paião, entre outros. Cantou em português, francês e espanhol.
Em 1993, regressou ao fado com um disco produzido por Vitorino Salomé, com canções de Sérgio Godinho, António Lobo Antunes e António Victorino de Almeida, uma versão de “Velhos Amantes”, de Jacques Brel, e ainda “Nome de Rua”, de Amália Rodrigues.
No álbum “Tanto Menos, Tanto Mais”, de 1995, canta textos de António Lobo Antunes, Fernando Pessoa, e João Monge, entre outros.
Fez digressões por numerosos países e obteve reconhecimento como inovadora do fado e como grande divulgadora da poesia portuguesa contemporânea. A SPA testemunha à família de Mísia o seu pesar solidário, recordando o muito que fez pela modernização e qualificação poética do fado de que foi intérprete reconhecida internacionalmente.
Lisboa, 30 de Julho de 2024