A SPA, no uso de uma competência que lhe foi atribuída há anos pela Academia Sueca, tem a possibilidade todos os anos apresentar um candidato português ao Prémio Nobel da Literatura. Isso aconteceu em várias edições, tendo, entre os candidatos propostos à Academia Sueca, estado os nomes de Sophia de Mello Breyner Andersen e de António Ramos Rosa, entre outros. Mais recentemente, a cooperativa dos autores portugueses propôs em anos próximos os nomes de Maria Teresa Horta e de Mário de Carvalho. A apresentação das candidaturas é sempre fundamentada com as qualidades que inequivocamente se identificam nas obras candidatas. Esta é uma maneira de a Sociedade Portuguesa de Autores se associar a um acto cimeiro da vida literária e editorial mundial, recordando que dezenas dos seus associados são escritores com obra publicada e reconhecida.
Mário Cláudio foi distinguido coma Medalha de Honra da SPA em 22 de Maio de 2009.
Este ano, a proposta da SPA destaca a obra de Mário Cláudio, agora a celebrar 50 anos de carreira literária. Mário Cláudio recebeu entretanto o título de doutor “honoris causa” pela Universidade do Porto. Em breve, a SPA irá assegurar a publicação, com a Guerra e Paz, na colecção “Fio da Memória” de uma entrevista de carácter autobiográfico feita por José Jorge Letria com o o autor de “Amadeo”. Considera a SPA que a obra literária de Mário Cláudio, incluindo a ficção narrativa, o teatro, o memorialismo e a poesia, é, na sua riqueza e diversidade, uma das mais marcantes da história da literatura portuguesa, merecendo por isso esta distinção, para além das muitas outras já recebidas.
Lisboa, 8 de Janeiro de 2020